terça-feira, 19 de abril de 2011

Aceite os fatos: Você nunca vai entender as mulheres

A dura realidade de passar a vida ao lado do desconhecido

Cresci numa família grande, cercado por mulheres. Sou o irmão do meio entre duas meninas; aquele que não tem os privilégios do mais velho, nem a complacência do caçula. Aprendi desde cedo que mijar na tábua é crime sexual comparável ao estupro. Como sempre gostei de levar literatura ao banheiro, aos 10 anos já me divertia desvendando as bulas de O.B, muitas vezes a única leitura presente nas gavetas próximas ao trono.
Mesmo com ambiente adverso me tornei macho. Orgulho do Papai. Com o tempo notei que esse contato tão próximo com o estranho mundo das mulheres, ao fim de tudo, poderia se tornar um aliado. Eu, diferente de outros adolescentes amiguinhos da época, tinha acesso a uma célula organizacional feminina nata. Três mulheres, de idades, tribos e comportamentos diferentes. Ok! Faziam parte desse núcleo, minha Mãe, e minhas duas irmãs, mas fato é que ou se enxergava algo de positivo no contato, ou se cometia um harakiri a cada banho de hora e meia que minha irmã mais velha tomava. Ou eu me irritava com os conflitos dessa guerra fria, ou agia como observador. Optei pela segunda.

Imerso em território inimigo, pude aprender, além de aplicar um O.B. (me pergunto qual a vantagem dessa habilidade, já que dispenso coloca-la em prática) que mulheres-fêmeas-do-sexo-feminino , são na verdade criaturas de complexidade indecifrável. Vamos aqui desprezar os fatos biológicos, o sangramento mensal, que por si só já é assustador e vamos nos concentrar na psique. Mais grave que a variação de humor, mulheres funcionam com lógicas diferentes das do homem. Nem sempre a amiga é tão amiga assim, nem sempre a roupa mais bonita é a mais apropriada, nem sempre a roupa mais apropriada é a melhor escolha. Dar no primeiro encontro não é bom, embora dar no primeiro encontro possa ser ótimo. Ligar no dia seguinte pode significar que o cara é carente, maníaco, ou… cavalheiro. Desisti de entender.
Nosso humilde cérebro masculino funciona quase que de forma binária. Rústica. Sim ou Não. Opção 1 ou 2. Dificilmente existe o 3, dificilmente existe o talvez. Homem quer SIM comer todas as mulheres do mundo que não sejam as sagradas Mães, irmãs e avós. Prima não é irmã, se for gostosa vai rodar. Amigo é amigo e ponto. Se não for amigo, não ligo, não falo, não me misturo. Mulheres inteligentes nos atraem, mas boas bundas nos distraem. Não há como negar, somos primatas.
Aceitando o fato que, assim como paulistas não sabem andar em São Paulo, as mulheres não conseguem se entender. Fica mais fácil explicar a fascinação que esse ET nos causa. Cabral só descobriu o Brasil pela fascinação da busca pelo desconhecido, e a relação homem-mulher vai por ai. Navegar em mar bravio, rumo ao inexplorado, ao sabor dos ventos da TPM de cada mês. Não adianta conjecturar, ninguém jamais conseguirá explicar como funciona a cabeça de uma mulher. Se você homem, está casado, namorando, enrolado, ou até mesmo apenas convive com as mulheres de seu trabalho, colégio ou família, relaxe e aproveite a viagem. Como diria o mestre “Não sou eu que me navega, quem me navega é o mar”. Não tente lutar, não há outro jeito. Navegar é preciso.

Por: Gabriel Araújo - antes postado em TPM

2 comentários:

Patrícia Ribeiro disse...

Texto muito bom, com leitura fácil e divertida. Amei!

E posso concordar que jamais alguém conseguirá entender as mulheres! Nem a gente se entende! hahahaha

Parabéns Gabriel!

Beijos

Cristiane Mynssen disse...

Adorei esse novo formato!!
Adorei o texto. Gabriel, tá aprovado!! rsrs

Concordo com a Patty, somos um ser indecifrável... até para nós mesmas!! rsrsrs


Beijos!