sexta-feira, 16 de abril de 2010

Coração Carioca

Muito ouvi e li nessas suas semanas, pós-caos do Rio. Nada escrevi. Acho que estava esperando a emoção e tristeza passar. Tenho ouvido muitas críticas sobre o Rio. Essas, vindas de todos os estados e regiões do país.
Apenas calei. Outro dia, conversando com meu caro amigo Gabriel Araújo, com quem eu costumo dividir meus pensamentos sobre a vida, ouvi do mesmo "Carioca tem orgulho de ser carioca, pelo simples fato de ser carioca" disse ele, cheio de orgulho por preencher nas fichas de cadastramento: Natural do Rio de Janeiro.
Assim desenvolvo aqui o que penso sobre nós, simples cariocas. Não, não somos simples. Somos completamente apaixonados por nossa cidade. Temos orgulho de termos nascido na mesma cidade de Cartola e Tom Jobim. Temos o Maraca, o Corcovado e o samba no pé.
Temos orgulho de andar de havaianas e sim, temos orgulho de nossos morros e favelas. Não é vergonha nenhuma te-las entranhadas no meio da cidade. Afinal, é de lá que sai a força bruta de trabalho que faz a cidade pulsar. É de lá que sai o samba e o funk, que levam o Rio para o mundo. E nos doemos quando ouvimos brasileiros, de outros estados, falarem delas de maneira que se entenda que lá só se fabrica bandidos. Temos muito orgulho de andar misturados pela cidade, o rico e o pobre. E não estamos preocuados com a Copa e nem com as Olimpíadas. Já que como bons cariocas pensamos: quando chegar a gente vê no que vai dar. Carioca não trabalha, não morre e não sofre por antecipação.
Somos uma deliciosa mistura de um país que é sim a cara da alegria. Somos o retrato de um país lindo e somos sim o cartão postal do país para o mundo. Somos um coração cheio de esperança que, com toda tranquilidade, acredita que tudo vai melhorar.
Ser carioca é zoar o gringo e ir a praia todos os finais de semana. O coração do carioca bate no segundo tempo, da última rodada do Campeonato Brasileiro. O coração do carioca bate no ritimo dos surdos de suas escolas de samba. O coração do carioca bate sorrindo. O coração do carioca bate no céu da boca.
Carioca simplismente sorri. Sorri quando vê um moleque magrinho soltando pipa, na laje do morro. Quando vê o sol cair atrás da comunidade Vidigal. Sorri pra vida.
Por isso, o mundo sorri pro carioca. Por tudo isso, que para o resto do país pode parecer pouco, temos orgulho de sermos cariocas e não nos abatemos com o caos que assola a cidade. Afinal, nosso pôr do sol vai estar lá, para nos lembrar onde nascemos e onde vivemos.




quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Foliã de sofá

Opa! Opa! Tô de volta.

Não propositalmente (Gol do Flamengo) na quarta-feira de cinzas. Até por que, passei o carnaval na rede, como uma boa foliã globeleza. (Da-lhe, da-lhe, da-lhe oooooohhh!). Assisti a todos as escolas e ainda dei um pulo em Salvador, este com Band Folia. Também dei uma rápida olhada nos bastidores da folia com a erREiDE-TV. Fora isso dormi e comi bastante. Tomei bastante sorvete e incontáveis banhos. Como foliã que se cuida, tenho que me alimentar e me hidratar. Afinal, o calor estava de matar e no meu endereço estava fazendo apena dois graus a menos que na Presidente Vargas. Aliás, corajosos aqueles que enfrentaram o tradicional e infernal cordão do Bola Preta. Para estes deixo minhas congralações (Love estava impedido). Heróis, não só eles, mas também os que encararam a corda do abadá de Salvador - fiquei sabendo que não se pode sair da corda para necessidades fisiológicas, prefiro nem pensar como o processo se dá - e o Galo da Madrugada, manifestação cultural que provoca arrepios de pânico. Ao meu ver, televisivo, ficam mais ou menos 100 pessoas em cada metro quadrado dessas manifestações carnavalescas. (Gol do Botafogo!!) Medo. Muito medo. Fora isso, agradeço aos queridos cariocas que deixaram a cidade para pular a folia na Região dos Lagos. A praia estava vazia e o transito uma delícia. Mesmo assim, só fui a praia um dia. Minha pele de alemã não aguenta sol, mas não deixei de bater o cartão embaixo da minha já conhecida barraquinha da Embratel. Também não esqueci do meu protetor fator 50. Bem, no mais eu desejo a todos um Feliz Ano Novo. Sim, por que no Rio de Janeiro o ano só começa depois do carnaval.

PS.: As intervenções futebolísticas são devido a semi-final da Taça Guanarabara, que apesar de não estar assistindo, estou obrigatoriamente ouvindo a narração do Rafael.

Beijonãomeligaquetoocupada
(OPA! Loco Abreu botou a mão na bola)